Marcel Petiot: O Doutor Satanás

em 22/06/2016


Na matéria de hoje voltamos a falar da vida de um Serial Killer. O maníaco da vez é Marcel Petiot, mais conhecido como "Doutor Satanás". Convido a todos a conferirem essa matéria trazida pelo amigo Elson Antonio Gomes e que relata a história deste homem da medicina em cujo âmago havia um assassino cruel que atraiu dezenas de vítimas para sua condenação.

Os primeiros passos do “Doutor Satanás”

Ele foi chamado de “Doutor Satanás”, “Homem Lobo de Paris” e o “Ogre Demoníaco”. Seu verdadeiro nome era Marcel Andre Henri Felix Petiot, um homem decapitado pelos assassinatos de 26 pessoas e com suspeita de mais dezenas de crimes.

Nascido em 1897 em Auxerre, França, a maioria dos relatos afirmam que a juventude de Petiot foi atormentada por delinquência juvenil e pequenos crimes. Seu primeiro diagnóstico de doença mental veio em 1914 quando tinha 17 anos de idade.

Em 1916, o jovem Francês se ofereceu para o servir exercito Francês na Primeira Guerra Mundial. Depois de ter sido ferido em batalha, Petiot foi enviado para uma casa de repouso onde foi detido e preso por roubar suprimentos de morfina. Ele recebeu um segundo diagnostico de doença mental e mesmo assim, voltou para a guerra em 1918. Não muito tempo depois de sua relocação, Petiot alegadamente feriu seu próprio pé com uma granada. Um terceiro diagnóstico de instabilidade mental levou a sua dispensa com uma pensão de invalidez.


Mesmo com tanto diagnósticos atestando sua instabilidade mental, Petiot se matriculou em um programa de educação médica acelerado depois da guerra. Ele completou seus estudos em oito meses enquanto estava internado em um hospital psiquiátrico em Evreux e depois recebeu seu diploma de medicina em 1921. Este novo status parecia que era apenas para acelerar seu interesse em cometer crimes. Algumas fontes acreditam que Petiot usou o diploma para roubar narcóticos viciantes para uso pessoal e também de os distribuir entre seus pacientes. Ele realizou abortos ilegais e roubou dinheiro da tesouraria da cidade.

Em 1926, Petiot teve um caso com Louise Delaveau, filha de um de seus pacientes. Delaveau desapareceu pouco tempo depois que o caso começou. Petiot nunca foi acusado oficialmente pelo desaparecimento, porém muitos acreditam que ela pode ter sido sua primeira vítima. Vizinhos afirmam que viram Petiot carregar algo suspeito em seu carro na época que a menina desapareceu.


Neste mesmo ano, Petiot voltou sua atenção para a política. Candidatou-se a prefeito de Villeneuve-sur-Yonne e venceu. Mais uma vez ele explora sua posição de poder para tirar vantagens em benefícios pessoais. Desta vez por desvio de fundos da cidade.

Em 1927, Petiot casou-se com a filha de um rico açougueiro local com quem teve um filho no ano seguinte. Porém suas atitudes obscuras na prefeitura geraram vários relatórios que acabaram levando ele a ser suspenso e que logo após o fez renunciar ao seu cargo de prefeito em 1931. Porém estranhamente – como tudo na política – ele ainda conseguiu um assento no Conselho Yonne Departement em 1932 que ele veio a perder alguns meses depois por roubar eletricidade (gato).


Com sua carreira política no fim, Petiot mudou-se para Paris onde falsificou credenciais médicas para apresentar-se com um médico realizado e de renome. A trama funcionou tanto que vários pacientes o elogiavam e ele ainda conseguiu em 1936 a autorização para emitir atestados de óbitos.

Rumores sobre abortos ilegais ressurgiram, no entanto, foi a ascensão da Alemanha nazista e a ocupação alemã da França em 1940 que fez Petiot ter uma fúria mortal e onde começou a surgir seus apelidos sinistros.


O monstro mostra a sua face durante a guerra

De acordo com seu próprio relato, Petiot trabalhou com a resistência francesa durante a ocupação. Ele plantou armadilhas, desenvolveu formas de matar sem deixar provas forenses e se reuniu com comandantes de alta patentes aliadas. Apesar de que grande parte dessas alegações permanece infundada.


Sob o codinome de Dr. Eugene, Petiot disse aos combatentes da Resistência Francesa, a refugiados judeus e outros indivíduos que pretendiam fugir da guerra que ele conseguiria furar os bloqueios dos alemães e que ele poderia tira-los da Europa em segurança encaminhando-os para a Argentina por uma taxa de 25.000 Francos. O grande problema é de que isso foi uma armação.

Petiot disse a essas pessoas que elas precisariam de uma inoculação, ou seja, uma vacina para poder entrar na Argentina. A injeção continha cianeto, e após a morte da vítima do criminoso acabava vindo a roubar os objetos de valor das pessoas e depois desovar seus corpos no rio Sena, ou enterra-los com cal virgem ou ainda queima-los em sua lareira.

Em março de 1944 (algumas fontes afirmam que o dia foi 06 de março, já outras que o dia foi 11 de março), vizinhos reclamaram de um mau cheiro vindo de sua casa na Rua Le Sueur, e da fumaça nociva que saia de sua chaminé. Autoridades foram convocadas e quando fizeram uma varredura no local, encontraram restos de numerosas vítimas e incluindo restos humanos ainda fumegantes na lareira.


Prisão e Julgamento

Petiot conseguiu fugir por um curto tempo, adotando até uma barba para se disfarçar. Ele foi capturado no dia 31 outubro de 1944 e mantido sob suspeita de assassinato. Seu julgamento teve inicio em março de 1946 onde foi formado um grande circo da mídia. Petiot foi preso na prisão de La Santé.


Afirmando sempre sua inoscência, Petiot argumentava de que havia matado apenas soldados alemães e agentes duplos como parte de seu trabalho com a Resistência.

Porém as autoridades não conseguiram achar nenhuma ligação de Petiot com a Resistência Francesa. Tudo que Petiot afirmava como suas façanhas para a Resistência Francesa não passava de coisas imaginadas por ele. Coisas que nunca existiram.


Petiot foi a julgamento a 19 de Março de 1946, enfrentando 135 acusações criminais. René Florit atuou em sua defesa, contra uma equipa de acusação estadual e 12 advogados civis contratados pelos parentes das vítimas. Petiot gozou com os advogados de acusação, e disse que várias vítimas eram colaboradores ou agentes duplos, ou que as pessoas desaparecidas estavam vivas e bem na América do Sul com novos nomes. Admitiu ter assassinado apenas 19 das 27 possíveis vítimas encontradas em sua casa, e declarou que eram alemães e colaboradores - uma parte do total de 63 "inimigos" que matou. Florit tentou associar Petiot como um herói da resistência, mas os juízes e jurados não ficaram impressionados. Petiot foi condenado de 26 homicídios, e sentenciado à morte.

Marcel Petiot foi considerado culpado por 26 assassinatos e se estima que ele obtivesse um lucro de 200 milhões de Francos roubados das mesmas. Acredita-se que ele possa ter assassinado 60 pessoas nessa época.


Em 25 de maio de 1946 ele foi decapitado na guilhotina.
Matéria de: Elson Antonio Gomes

Fonte: The Line Up

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2 comentários:

  1. Entendi nada: primeiro diz que o cara queimava gente e uns vizinhos chamaram autoridades em 1944, depois diz que em 1940 ele foi preso e ficou até 1946.
    Algo de errado não está certo...

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  2. Esse cara ta parecendo o louco aqui de brasilia que não para de falar da prima do mauricio mattar pela televisão. o maior OTARIO de já tive conhecimento!!!!

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