Empresa de biotecnologia quer trazer pessoas com morte cerebral de volta à vida

em 09/06/2017


A Bioquark, uma empresa de biotecnologia da Filadélfia, nos Estados Unidos, acredita que a morte cerebral não é tão irreversível como a maioria das pessoas pensa, e afirma ter criado uma séria de metodologias médicas, baseadas nas células-tronco da própria pessoa, que seriam capazes de "ressuscitar o cérebro", trazendo essencialmente os pacientes de volta à vida. O problema até o momento, no entanto, residia na aprovação da realização do controverso experimento.

Até alguns anos atrás, uma pessoa era declarada morta quando seu coração parava de bater e quando não estivessem mais respirando. Mas, então, surgiu uma tecnologia médica avançada capaz de bombear oxigênio no corpo e manter os principais órgãos em condições de trabalho. Todos, exceto um, o cérebro. Hoje, a maioria dos países define a morte como a perda permanente da função do tronco encefálico. Uma vez que uma pessoa sofre perda completa e irreversível da função cerebral, ela é oficialmente declarada morta. Mas uma empresa quer provar que a morte cerebral não é o fim.

A Bioquark anunciou originalmente sua intenção de realizar uma série de testes, a fim de provar a eficácia de um tratamento com base em injeções de células-tronco na reposição do cérebro, no ano passado. A experiência inicial deveria ser realizada na Índia, mas o plano da empresa foi frustrado pelo Conselho indiano de Pesquisa Médica. A empresa, no entanto, não desistiu da descoberta revolucionária e anunciou recentemente que os testes serão realizados em um país sul-americano não revelado, no futuro próximo.

Ira Pastor, CEO da Bioquark e seu colaborador, o cirurgião ortopedista indiano Himanshu Bansal, ainda não anunciaram os detalhes dos testes, mas de acordo com o registro de estudo do teste cancelado, podemos ter uma boa ideia de como eles planejam reverter a morte cerebral.

A Bioquark planejava examinar pacientes com idade entre 12 a 65 anos que haviam sido declarados com morte cerebral após lesão traumática, usando Imagem por ressonância magnética, para procurar sinais de potencial reversão da morte cerebral. Eles então colheriam células-tronco do próprio sangue dos pacientes e as injetariam novamente no corpo. Então, os pacientes receberiam uma dose de peptídeos injetados em sua medula espinhal e passariam por um período de estimulação nervosa de 15 dias envolvendo laser e estimulação mediana.

Não está claro como a Bioquark planeja obter o consentimento dos pacientes envolvidos na próxima experiência, já que todos estariam tecnicamente mortos. Talvez com anuência de parentes.

Esses testes polêmicos aparentemente fazem parte de um projeto maior sobre neurorregeneração e neurorreanimação humana chamado ReAnima, do qual Ira Pastor está no conselho consultivo. Ele disse ao Mail On-line que a missão do Projeto ReAnima é se concentrar em estudos clínicos sobre a morte cerebral ou coma irreversível.

- "O ReAnima foca-se em pesquisas clínicas no estado de morte cerebral ou coma irreversível em indivíduos que recentemente se encontram nos critérios da determinação uniforme do ato de morte, mas que ainda estão em atividade cardiovascular -suporte pulmonar ou trófico- uma classificação que em muitos países do mundo é conhecido como 'cadáver vivo'."

Fonte: MDig

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