Matvey Kuzmin: O homem de 83 anos que causou a morte de um batalhão nazista

em 11/04/2018


A exemplo do que fizera Simo Häyhä, um finlandês que com muita coragem e perícia se tornou o pesadelo dos soviéticos que tentaram invadir a Finlândia na guerra de 1939 (clique AQUI para saber mais), Matvey Kuzmin seria protagonista de um ato que anos mais tarde colocaria seu nome nos anais da história como herói de guerra. Kuzmin acabou arquitetando uma emboscada que resultaria na morte de dezenas de soldados alemães, quando estes tentavam dominar a União Soviética durante a segunda guerra mundial.

Matvey Kuzmin, mais conhecido como "Biriuk" (lobo solitário), era um idoso de 83 anos que vivia em uma cabana de madeira nos bosques que rodeavam seu povoado natal, Kurakino (Rússia), quando em 1942, afastado do mundo e em plena ofensiva nazista sobre a Rússia, tinha como únicas preocupações caçar, pescar e recolher lenha.

Até que em um dia topou com um batalhão da 1ª Divisão de Montanha do exército alemão.

O comandante alemão ofereceu-lhe comida, querosene e um rifle de caça novo em troca de que guiasse o grupo pelo bosque como forma de surpreender o exército vermelho pela retaguarda. Kuzmin aceitou o trato, ou fez com que os nazistas acreditassem nisso. Ainda que Kuzmin não simpatizasse nem um pouco com o regime socialista de Stalin, ele era um bom russo e um patriota, bem longe de ser um traidor.

Enquanto os alemães planejavam a estratégia de ataque, Kuzmin conseguiu avisar o conhecido Vassili Zaitsev (há versões que dizem que este era seu filho e outras que era seu neto) de seu plano: ele conduziria o batalhão nazista pelo bosque, pela rota mais difícil, para esgotá-los, até as cercanias de Malkino onde tinha um lugar ideal para que o exército vermelho, avisado por Zaitsev, os emboscasse.

Depois de várias horas de marcha, com a neve até os joelhos, esgotados e tremendo de frio o grupo de homens chegou ao ponto escolhido para a emboscada. Se Zaitsev não tivesse chegado a tempo ou não tivesse avisado os russos, Kuzmin estaria perdido. Mas o exército vermelho já se encontrava no local, e saíram de seu esconderijo disparando suas armas. Os alemães caíram na armadilha, mas no meio da batalha e antes de ser abatido, o oficial alemão buscou e matou Kuzmin. Só alguns poucos alemães conseguiram fugir daquela emboscada.

A história de Kuzmin ficou esquecida por um tempo até que o jornalista do jornal Pravda, Boris Polevoy, escreveu o artigo "O último dia de Matvey Kuzmin". Esse artigo depois se converteria em um conto infantil, sendo esse um dos mais conhecidos na Rússia.

Em 1965 foi nomeado, a título póstumo, Grande Herói da União Soviética, convertendo-se na pessoa mais idosa a receber esta condecoração.



Fonte: Mdig

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11 comentários:

  1. Uma pena ele ter sido morto. Ele deveria ter sobrevivido para curtir seu heroísmo.

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    1. Realmente uma pena ele não ter sobrevivido a esse episódio, mas felizmente a história dele hj em dia é reconhecida...

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  2. Que bonita atitude do senhorzinho!

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    1. Será que veríamos atitudes assim se tal coisa acontecesse no Brasil?

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    2. Acho que sim, ainda tem pessoas boas no mundo e aqui no Brasil também!

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  3. Heroismo o caralho, esse velho porco comunusta teve o que mereceu, viva o exercito alemão pela bravura e amor a patria, antes hitler tivesse triufado para fazer uma limpeza etnica na face da terra e espurgar os vermes que só atrasam a evolução da humanidade.

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    1. Kkkkkkkkkkkkkkkkk ...mas o que temos aqui : um sulamericano pagando de white power (!!!)
      Esse papo de triunfado, limpeza étnica, expurgar, evolução da humanidade....parabéns , leu direitinho seus livrinhos e suas pesquisas no google...
      Ass.: Metal Nordeste.

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    2. O que o ariano sul americano de sangue puro entende por limpeza étnica ???
      Vai arrumar o que fazer vagabundo !

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    3. Se tivessem feito uma "limpeza etnica" vc nem existiria seu pedaço de bosta ambulante.

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  4. A 1 div. de montanha não operou na russia! O mais próximo que ela chegou da russia foi na albania.
    Henrique

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  5. Um heroi e tanto o velhinho. Passando o rodo na bandidagem nazista! E gostaria que o anonimo que defende a Alemanha Nazista se identificasse, se tivesse coragem.
    Joao Eduardo.

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