Nikolai Dzhumagaliev: O canibal do Cazaquistão

em 21/06/2013


Nikolai Dzhumagaliev nascido em 1952, na cidade Uzun Agach, é um serial killer do Cazaquistão. Ele era filho de um pai cazaque e de uma mãe russa. Seguia a ética e os padrões da conduta Muçulmana. Honrava o alcorão. Para ele as mulheres deviam ser tratadas como seres de segunda classe. Apesar da influência que sua mãe tinha em sua vida, desde a infância ele acreditou que a mulher era causa das doenças e da desgraça. Durante campanhas militares, Nikolai visitou toda a Europa, nessa época ele viu mulheres com roupas bem mais leves do que as usadas no regime muçulmano. Depois de regressar à sua aldeia natal ele reparou que por lá começavam a ocorrer casos de mulheres não mais se cobrindo completamente como alguns fundamentalistas islâmicos achavam que as mulheres deviam se vestir.

Início da paranoia

Nessa época ele começou a travar uma batalha pessoal. Em seus sonhos ele via mulheres nuas ensanguentadas e com corpos mutilados. Logo seus sonhos começariam a se tornar realidade. Nikolai Dzhurmongaliev assumiu para sia a missão de livrar o mundo das prostitutas. É atribuído a ele a morte 7 mulheres, antes de ter sido capturado. Mas durante os interrogatórios ele afirmou, orgulhosamente, ter matado de 50 a 100 mulheres, porém esses números nunca foram comprovados.

Durante o calor da Guerra Fria em 1980, o Cazaquistão experimentou uma onda de assassinatos que aterrorizaram seus habitantes. Nikolai Dzhumangaliev, que já havia passado quatro anos e meio na prisão por um assassinato acidental de um colega no final dos anos 1970, começou a trabalhar como operário na cidade de Uzun Agach, próxima a Alma-Ata. Ele era considerado por todos que o conheciam como um cavalheiro bem falante, bem apresentado. Apesar da aparência asiática ele não tinha sotaque e era um homem muito educado. Tinha o hábito de se vangloriar de sua superioridade sobre o povo, chamando a si próprio de um descendente de Genghis Khan. Ele estava sempre bem vestido, mas ele tinha um defeito físico que todos que o conheciam jamais esqueciam: ele tinha próteses de metal branco no lugar dos dentes. Devido a isso ele ficou sendo conhecido como "Caninos de Metal".

Modus operandi

Embora não fosse exatamente um solitário, ele muitas vezes andava pela cidade tentando encontrar mulheres diferentes por onde passava. Seu lugar preferido na cidade era perto de um rio, onde ele atraia as mulheres para o lado escuro de um parque local. Lá ele as estuprava, matava e cortava o corpo delas com uma faca e um machado.

Os assassinatos de mulheres, cometidos por Nikolai, demonstravam muita insensibilidade e frieza. Ele também praticava o canibalismo e chegou até mesmo a beber sangue direto da jugular de algumas de suas vítimas, ele cozinhava certas partes de suas vítimas, comia e até mesmo servia para alguns de seus amigos durante certos em encontros. Nos países da antiga URSS é muito comum as pessoas convidarem amigos para refeições e quando a pessoa vem de um lugar diferente, costuma fazer suas comidas étnicas para seus novos amigos.


Prisão pelos homicídios

Os crimes de Nikolai foram descobertos quando dois bêbados, que ele convidou para irem a sua casa, descobriram uma cabeça decepada de uma mulher na cozinha.

Ele foi preso, porém considerado insano, e durante o julgamento ele acabou não sendo considerado responsável por seus crimes. Nikolai foi enviado então para a Tashkent, no Quirguistão, para uma instituição mental, onde ele tentou cometer suicídio algumas vezes, mas falhou. Lá foi diagnosticado que ele sofria de esquizofrenia. Era 1989 e ele já estava em Tashkent fazia 8 anos e depois que um exame médico confirmou que o "paciente" tinha tido uma melhora em seu estado mental, foi decido que ele devia ser transferido para um hospital psiquiátrico comum, no local de residência permanente, por ele não ser mais considerado “um perigo para a sociedade".


Em liberdade

Ele estava acompanhado apenas por um paramédico e uma enfermeira, e então ele escapou. Apesar do enorme esforço da polícia do Quirguistão, as buscas para pegá-lo fracassaram. Um ano e meio, ele vagou pelas montanhas, sendo re-capturado em 1991 em Fergana, onde ele se fazia passar por um imigrante chinês. O mandaram novamente para Tashkent onde ele ficou até 1994, quando ele foi finalmente considerado curado e foi mandado para casa.

Em seu vilarejo ele sofria repulsa de todos, principalmente das mulheres, todos exigiam que a polícia ficasse sempre o vigiando. Durante algum tempo ele viveu assim, mas após muito tempo de pressão sofrida por parte de seus vizinhos, Nikolai resolveu ir morar em meio as montanhas. Viveu lá durante um tempo até que resolveu tentar voltar para Tashkent, onde não foi aceito mais.

Sem ter para onde ir e sem ser aceito pela sociedade, Nikolai tentou sem sucesso, ir para clínicas da Rússia e até do Uzbequistão, até que conseguiu ser internado em um asilo. Dzhumagaliev vive nesse asilo nos dias atuais, apesar de hoje ele ser um homem livre, tendo o direito de circular livremente pela comunidade européia.

Foto tirada de Nikolai no início da década de 90
Fonte: Mundo Mau.

Quando amanhecer, você já será um de nós...

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